sexta-feira, 18 de março de 2011

É tudo igual...

Glenda Barros

A gente só sabe como é ser mãe quando se torna uma. Ainda não conheço o sentimento maternal mas, igualmente à todos, acho que mães são todas iguais. Baseio minha afirmação em anos de observação e estudos voltados ao comportamento desse espécime tão encantador.

Após longos anos de árdua pesquisa, descobri algumas características que compõem, obrigatoriamente, o organismo dessas criaturas tão complexas.

Por mais que suas crias cresçam e apareçam, elas sempre vão visualiza-las como a filhotinha da mamãe, ou o bebezinho da mamis e/ou coisas relacionadas à infantilidade, o que reforça minha tese de que esses seres têm sua visão parcialmente comprometida por uma estranha força cósmica, advinda do extinto maternal.

Com o comprometimento da visão, o olfato passa ser o sentido norteador. Altamente desenvolvido, o faro delas é espantosamente apurado. Estudos comprovam que elas conseguem capturar o cheiro de “coisa errada”, “mentiras” e “notas vermelhas no boletim” a milhas de distância.

Além do ouvido externo que capta até os decibéis mais longínquos, elas possuem também um ouvido na alma, que tem o poder sobrenatural de apreender o pranto recolhido dentro do espírito, o que torna impossível qualquer camuflagem de problemas e aflições.

São inúmeras as qualidades em torno dos cinco sentidos, mas como não são apenas seres humanos possuem, entre o tato e a visão, um sexto sentido, que dá a elas uma grande vantagem sobre nós meramente filhos (falei bonito!). Os outros cinco sentidos são todos guiados pelo sexto, o que fundamenta minha conclusão de que, esse tal sexto sentido, é apenas um codinome que elas inventaram para o AMOR incondicional e extraordinário que só elas possuem.

A diferença entre elas está somente na cor dos cabelos, no estilo, na silhueta, o resto é tudo igual, é tudo...

MÃE!