quarta-feira, 13 de julho de 2011

Doidinha de Pedra!!!

Glenda Barros
Queria escrever um texto que me explicasse, mas como, se nem eu mesma me entendo? Outro dia acordei com uma vontade louca de comer alguma coisa, mas quem disse que eu sabia dizer que coisa era essa? Eu tava desorientada, inquieta, cheirando e experimentando tudo, pois na minha cabeça, meu coração me diria quando a coisa aparecesse.

Sonhei que morria duas vezes, numa noite só, tem base? Passei dias me escondendo, me esquivando de possíveis possibilidades de morte, nem envelopes eu abria, com medo de antrax, vê se pode?!

Invoquei que era feia outro dia, nada ficava bom em mim, o sapato apertava, a roupa me deixava peituda demais (normal), meu dedão do pé era cabeçudo e meu cabelo não desarmava nem debaixo de reza brava.

Imaginem só como eu fiquei quando cismei que minha voz era masculina, passei dias fazendo aquela vozinha chata e irritante, parecia um pato gripado de tão aguda e nasal (curuiz!). Eu tento ser normal, mas minha propensão à loucura é mais forte do que eu!

Já fiquei sem dormir por causa da sombra de uma árvore (aquilo parecia uma mão gigante!), já conversei por horas com alguém e quando me virei – Pasmem! – não tinha ninguém, já fiquei com ciúme de artista de novela e prendi meu próprio dedo na porta do carro, tem base?

Não tenho habilidade para ser normal, mas dou um show na loucura, nem ela me acompanha, a coitada fica com as perninhas curtas tentando me alcançar, mas permaneço além, sempre avante, revolucionária e inalcançável.

É... Salve-se quem puder, até eu estou fugindo de mim, minha sombra que se cuide, ela é a próxima vitima da minha Sóbria Loucuraaaaaaaaaaaaaaaaaa....