quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ah Se não fosse o ECO...co..co..coo..cOOOo


Srª Ribeiro

            Eu não perdi a inspiração, só o tempo que anda escasso. Agora tenho roupa pra lavar, louça pra esfregar, casa pra limpar, marido precisando de assistência, é meu povo, vida de casado né moleza não!
            O que eu já ri nesses quatro meses de casamento não contabilizei em anos de vida e experiências. São situações puramente hilariantes em que a gente se mete tentando agradar, ou não mostrar aquilo que se é, no bom sentido em gente!!!
            Por exemplo, nunca imaginei que seria tão difícil usar o banheiro, ohhh situação complicada! Comecemos pela raiz do problema, desde pequena que eu sou assim, digamos, meio escandalosa, não sei passar fax sem emitir um sinal estrondosamente alto.
            No primeiro mês, perdia longos minutos apertando minhas nádegas na tentativa de pressionar a bomba flatulenta de volta pra dentro, mas nesse mesmo processo provocava uma pressão no canal que impedia o “bolo” de deslizar para o alvíssimo trono branco.
            Precisava traçar uma nova estratégia de contenção de gases, algo que não provocasse aquela pressão, mas foi numa dessas tentativas que o negócio desandou e o som, já não muito agradável, fora amplificado pelo eco elevadíssimo do meu banheiro.
            Pra não ficar tão feio rasguei a goela num berro “UUUUUiiiiiiii” e meu marido, que nem pra fingir não ter ouvido respondeu de lá “PEIDORREIRAAAAAA”! E agora, como é que eu saiu daqui? Ensaiei uma cara de que nada tinha acontecido, congelei e sai.
            Mas ele tava lá, com aquele olhar meio de lado, aquele sorriso escancarado, debochado, e, pra arrematar a descrição, aquela cara de que sabia o que eu tinha feito, o jeito foi levar na esportiva, fingir que eu não tava com vergonha.
            A experiência não foi de toda ruim, meu [piiiiú] agora perdeu a vergonha, reconheceu o lugar e agora tá reguladim, reguladim...ah se não fosse o eco!!!