quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mulheres maçã




O espaço e a credibilidade das mulheres têm aumentado numa escala magnânima no mundo. Vê-se, notoriamente, que estamos ficando cada vez mais independentes, despojadas, batalhadoras, conquistadoras e ... SOLITÁRIAS, isso mesmo, sozinhas e desprezadas pelo sexo oposto.
As mulheres mais inteligentes e interessantes que conheço sofrem de “solteirice crônica”, parece que arranjar alguém que as queira como namorada é algo tão difícil, que só Deus teria chances reais de êxito, ou seja, só mesmo um milagre as tiraria desse poço de solidão.
O chato da solteirice não é nem o fato de nossa vida sentimental estar continuamente sendo conjugada no singular (falei bonito), mas sim a insistência das pessoas em não te deixar esquecer tal condição. Nossas mães, tias, primas, avós (essas são terríveis), manicures, cabeleireiros (as) e todas as pessoas que convivem conosco, simplesmente tomam nossas dores e vão, literalmente, a caça por nós.
A prova disso se dá quando, vez ou outra, somos apresentadas, “casualmente”, a um infeliz qualquer com cara de nerd (nada contra os nerds), olheiras profundas e marcantes e uma timidez tão opressora que o paralisa bem diante de nós, e o pronunciar de um simples "oi" parece exigir-lhe capacidade mental bem maior do que a que o próprio possui.
E não me digam que estou exagerando, é só olhar em volta e reparar bem direitinho. Elas são lindas, sensuais, bem sucedidas financeiramente, mas são grandes colecionadoras de relacionamentos relâmpagos e fracassados. Bastam apenas cinco minutinhos de conversa, para que elas se abram e, em pranto, confessem que largariam tudo para se casar, ter filhos e morar na roça (hipérbole!)...
Legiões de mulheres carentes estão sendo formadas pela escola da vida, e não satisfeitas com a graduação, estão se pós-graduando no mercado de trabalho.
Nosso saudoso Machado de Assis equiparou essas mulheres a maças em árvores, cujas melhores estão no topo, ele só não esperava que a coragem dos homens diminuiria tanto e que as tais macieiras cresceriam monstruosamente. Ehhh minhas amigas, parece que estamos no alto de um jequitibá, inalcançáveis, inatingíveis...
Homens, cresçam e apareçam! Não tenham medo de ralar os joelhos, de desfazer os topetes ou de amarrotar suas roupas; lembrem-se que as melhores estão no topo, e nós aqui em cima garantimos, o gosto do nosso amor é bem mais suave e doce.

‘Glenda Barros

terça-feira, 27 de julho de 2010

O SENTIDO DA VIDA

A saudade, ao contrário do que todo mundo diz, não é um sentimento muito bom, afirmo com todo certeza, pois, se fosse bom, não iríamos querer findá-lo em nossos corações com uma visão ou um abraço apertado daqueles de quem sentimos saudade. Podem até achar que meu ponto de vista é um tanto extremista, mas não podemos negar fato de que lembranças jamais substituirão um toque de afeto, e nem tão pouco poderão suprir a ausência de alguém que tanto amamos.


Saudade, e só saudade é o que sinto nesse momento...

Queria muito que o dia de hoje fosse um sonho, queria poder me beliscar agora e acordar desse pesadelo, pois minha querida e doce vovozinha faleceu, e eu nem pude lhe dar um último adeus (o porquê é uma história longa que prefiro não falar). Aquele sentimento que eu sempre dizia ser bom e gostoso, pra mim hoje é o pior que já senti. Queria tanto tê-la de volta, mas diante da morte consumada o sentimento que predomina no peito é de impotência, de incapacidade.
Todos nós sabemos que a vida continua e que as coisas seguirão seu fluxo normal, sabemos também que a morte existe e que um dia todos nós a enfrentaremos, mas o curioso é que, temos plena consciência disso tudo e mesmo assim não deixamos de sentir uma imensa dor desconfortável no peito; que é como se uma mão enorme segurasse nosso coração e o apertasse numa pressão tão forte que chega a faltar o ar. O fato agora é que, o que antes era uma falta que poderia ser suprida quando quiséssemos, agora é uma ausência permanente que nos proporciona como conseqüência, uma saudade crônica e incurável.
Passar por esse momento me fez refletir sobre uma questão. Acho que é uma indagação feita pelo menos uma vez na vida por qualquer pessoa. Quem nunca parou pra pensar em qual o sentido da vida? As pessoas filosofam sobre isso, vão em cima e embaixo para tentar explicar algo tão simples. Eu prefiro pensar no sentido mais puro da palavra, SENTIDO = DIREÇÃO. No meu humilde ponto de vista, o sentido da vida é pra frente, e penso mais; aqueles que entendem isso são bem aventurados.

A dor de perder alguém é algo tão grande que palavras não conseguem descrever, saber que nunca mais em sua vida você poderá ter o abraço daquele ente querido, ou poderá visualizar o sorriso dela, ou simplesmente ouvi-la. É uma dor que, honestamente, paralisa nossos sentidos, a vontade que se tem é a de ter o poder de parar o tempo, para não sentir mais o gosto amargo de perder alguém.
O ser humano é um milagre mesmo. Somente Deus pode ter sido o criador de tal criatura, pois mesmo diante de uma dor assim tão terrível, ainda consegue permanecer de pé e seguir em frente. Hoje eu posso dizer que entendi o sentido da vida, e pretendo segui-lo até que ele seja interrompido naturalmente pelas circunstâncias adversas. Não podemos parar o tempo, e nem se pudéssemos teríamos o direito de faze-lo, pois além de nos privar de muitos outros momentos, estaríamos extraindo de várias outras pessoas esse mesmo direito de viver e sentir emoções. O mais sensato a se fazer, é seguir em frente e procurar nas lembranças o consolo da dor e a força para continuar a caminhar.

“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar” (Rubem Alves).

In Memoriam Natalia Barros de Sousa

‘Glenda Barros

terça-feira, 20 de julho de 2010

Festa de Família



Festa de família é sempre um espetáculo, além de reunir a parentaiada toda, se vê e ouvi muita coisa interessante. Eu sempre aproveito esses momentos pra me inspirar e escrever alguma coisa, a maioria de meus textos surge de conversas nesse tipo de festa.

O engraçado é que eu nunca tinha parado pra escrever sobre a festa em si, mas sim, sobre fatos e acontecimentos isolados, ocorridos nela. Então resolvi corrigir essa falha, e relatar aqui, para meus amigos leitores, como é uma festa de família.

Bom, toda festa de família tem aquele sujeito que faz todo mundo rir, conta piada de tudo, fala o que deve e o que não deve, é o palhaço da família, se ele não estiver presente, a festa perde a graça. Nessas mesmas festas também tem aqueles sujeitos que são, ou se tornaram “gente grande” na vida, que contam vantagem de tudo, que se acham “superiores” a qualquer um e que todo mundo fica de longe olhando e sussurrando – mas o fulano ficou chato hein! – ; existem também aqueles “menos favorecidos” financeiramente, que se auto-julgam “inferiores” e permanecem distantes e excluídos das conversas, se dizendo leigos e ignorantes demais para qualquer tipo assunto.

Não sei na casa de vocês, mas nas festas lá em casa sempre tem aquela tia (mal amada) que toda vez que te vê pergunta – e ai, tá namorando? – (isso, meus amigos, é uma afronta a minha solteirice de alguns meses), mas você, não sendo ignorante ou mal educado responde numa boa, - não tia, estou solteira por opção! -; só que, não satisfeita, a infeliz continua te alfinetando com perguntinhas do tipo – ué, parece que você engordou? Que você fez no cabelo? Tá tão ressecado. – enfim, você chega se sentindo linda e maravilhosa e sai se achando gorda e louca pra ir a um salão de beleza fazer banho de brilho.

Além dessas tias questionadoras, também existem os puxadores, isso ai, puxadores; eles puxam a fila para o jantar, quando todo mundo fica com vergonha de ser o primeiro; puxam a conversa; puxam o saco dos avós, tios, primos, penetras, empregados; puxam o tapete, quando aquele moleque danado está passando só pra ver a queda dele; puxam o “PARABÉNS PRA VOCÊ”; puxam também o “COM QUEM SERÁ QUE O FULANO VAI CASAR?”...Enfim, ah, já ia esquecendo; em toda festa de família tem criança, e muita criança, umas muito bem educadas e meigas, outras tão irritantes e birrentas, que me fazem lembrar uma frase que minha mãe sempre diz “filhos são como puns, a gente só suporta os nossos”...(que comparação!)

Deixar de ir a uma festa de família, pode não ficar bem, afinal, a família vem em primeiro lugar; um conselho; largue tudo e vá, pois, como minha linda mãezinha diz, “quem não ta na roda, roda”, além do mais, vamos combinar, como é divertida a tal da festa de família; sempre presenciamos cenas de drama, comédia e até romance, mas no fim tudo é festa, tudo é alegria, tudo é FAMÍLIA.



'Glenda Barros'


segunda-feira, 19 de julho de 2010

E mais um conto: "Amor de Verão"

Férias! De malas prontas e contas pagas, coloquei meu pezinho na estrada. O destino final era Tocantins, casa de parentes. Fomos eu, meus pais, minha irmã e minha doce e meiga prima. Saímos as 4:00h da madrugada, animados, ansiosos; riamos até da cara amarrotada de sono que estávamos...só alegria e sorrisos.
No estradão desse meu Goiás, só cerrado e belas paisagens, e como não poderia faltar, aquela paradinha na beira da estrada pra olhar o sol nascendo redondo e alaranjado, saboreando uma bela farofa de carne seca e um cafezinho, quentinho, passado com coador de pano tradicional, armazenado numa dessas garrafas térmicas comuns. Até algo assim tão simples, parece que tem um sabor mais gostoso quando estamos de férias.
Depois de longas horas na estrada, chegamos. Fomos recepcionados calorosamente por minha tia, tio e primos, abraços apertados e declarações de saudade e amor. Chegamos por volta de 16h:30min, e como estávamos de férias, nada de descanso; no mesmo dia fomos a um jantar na casa de um de nossos primos. “Maria Isabel” (arroz com carne seca) com ovo e muita conversa fiada. Estávamos nos divertindo pra valer, quando chega uma figura simpática, meio tímida, e que me chamou a atenção. Minha prima, sempre muito educada, me apresentou o tal moço, que me cumprimentou com um aperto de mão e um beijo leve na maça do rosto (Ai que homem cheiroso, pensei). Devidamente apresentados, conversamos por alguns poucos minutos, pois eu e minha família já estávamos de saída. Me despedi e fui embora. No dia seguinte fomos passar o dia em uma chácara de minha tia, belo lugar, rodeado de pés de caju e bem pertinho do lago. Santo lugar, santo remédio para o estresse da cidade grande. Os homens foram pescar e as donzelas ficaram para preparar o rango. A macharada chegou e as panelas já estavam na mesa, comemos, e comemos muito, parecia que nunca havíamos comido na vida. Depois da comilança, como é de praxe, bate aquele sono lascado, daqueles que você tenta, mas não agüenta ficar de olho aberto. Caí numa rede enorme, num sono mais que profundo, apaguei e nem vi o dia passar. Algumas horas se passaram e eu acordei, com a vista ainda meio embaçada avistei o tal moço do outro dia, sentado numa dessas cadeiras de bar, a alguns metros da rede onde eu estava. Só pode ser sonho, pensei, mas não, era ele em carne, ossos e toda aquela beleza. Fiquei desesperada, ajeitando o cabelo e a cara. Levantei-me e o cumprimentei ligeiramente. Vamos tomar banho no lago! Berrou minha tia, toda pronta já. Nos vestimos e saímos em direção ao lago, sedentos por um mergulho, tava um calor de matar. A água estava uma delícia, temperatura ideal, e lá vem ele (ai Jesus!), sentou-se calmamente do meu lado e perguntou; − Tá tudo bem ai? E eu quase que não respondo, tão fascinada que eu estava por aquele belo par de olhos cor de jabuticaba; −Tá sim! E não passamos daquelas palavrinhas naquela tarde. 18h:00, hora de juntar as tralhas e voltar a cidade, a programação era cachorro quente e truco na casa de minha tia a noite. (Chegamos) Tomei meu banho, coloquei meu vestidinho estampado e fui jogar com a galera. Por volta de 21h:30min quem chega? É, ele mesmo, (esse cara tá me perseguindo, só pode) o tal moço veio atendendo ao convite de meu primo (sei!). Cumprimentou-me e sentou-se pra brincar também. Foi ficando tarde, e é claro, as pessoas vão saindo uma a uma. Restaram na sala eu, minha prima, minha irmã e ele, o fulano do outro dia. Continuamos a brincadeira, meus pais e tios se recolheram para dormir. Depois de longas horas de conversa e muitos bocejos ele decide, “tenho que ir”, (mas já? pensei comigo). Minha prima, muito esperta por sinal, se levanta, e apontando o dedo em minha direção diz: − Leva ele até a porta, por favor. E eu, balancei a cabeça positivamente. Peguei as chaves, e fui com ele até o portão. Naquele momento, minhas mãos estavam tão frias e trêmulas que entregavam a ele meu nervosismo e expectativa. Ele segurou minha mão e disse: − Gostei muito de te conhecer, você, sinceramente, mexeu comigo. Eu quase fui à loucura quando ouvi isso, meu coração parecia que ia explodir de tanta felicidade. Tenho que me recompor, pensei, diminui o sorriso e disse, também gostei muito de ti, muito mesmo. E eu, achando que não ia passar de palavras me despedi, “então tchau viu, até qualquer dia!” E ele, com toda aquela confiança de homem, disse: − Eu queria uma lembrança sua. E depois dessa frase, veio em minha direção e foi se aproximando devagarzinho, sem pressa, o cheiro dele ia ficando mais forte e eu, cada vez mais nervosa, chegou o mais próximo, segurou-me com uma das mãos pela cintura e a outra posicionou levemente no meu rosto e pronto, o beijo. Dois dias inteiros de tentativas e conversas e o beijo não durou mais que 10 segundos. Após aquele breve momento de paixão, ele se distanciou, sentou-se em sua moto e disse; − Nos vemos amanhã? E eu com um sorriso enorme no rosto, apenas balancei minha cabeça em sinal de “é claro que sim”. Ele foi, e eu fiquei ali, o seguindo com os olhos até que ele sumiu no fim da rua. As lembranças e o gostinho de quero mais ficaram no meu coração, e ainda hoje, me lembro daquele meu amor de verão.


Glenda Barros

quarta-feira, 14 de julho de 2010

T.E.L.E.V.I.S.Ã.O


Eu amo assistir televisão! Não sei se conseguiria viver sem!” Ouvi esse “absurdo” esses dias de um amigo no msn, e resolvi me submeter a 2 dias INTEIROS sem assistir a tal TV. Percebi que, realmente, ela exerce um poder absurdo nas nossas vidas. Nossa, como é gostoso chegar em casa, tomar um belo banho e correr para o sofá assistir televisão; parece que ver desgraça alheia nos alivia, nos leva a pensar, “é, tem gente pior que eu”. Ficamos ali na frente dela como cães sedentos por um belo pedaço de bife, a coisa é séria minha gente...É viciante!


No primeiro dia da experiência, o tédio me agarrou e me prendeu em seus braços, parecia que ia me consumir sem piedade alguma, (quanta hipérbole) fiquei procurando algo para me distrair e parecia que não existia mais nada legal pra fazer a não ser assistir televisão. Após algumas horas (10min) de agonia, respirei fundo e decidi, vou ler um livro. Certo, escolhi um dos meus poetas favoritos (Manuel Bandeira) e comecei a ler, aquilo foi me dando um sono desgraç[piiiiiiiiiii], minhas pálpebras pesavam que nem chumbo. (Chega!) Levantei-me da cama e fui em direção a minha sala, passei por ela impávida e forte, nem sequer a olhei pra não correr o risco, cheguei a cozinha, preparei um belo sanduíche e o devorei sem dó nem piedade.


De barriga cheia...e agora, o que vou fazer? Já sei! Vou tentar dormir um pouquinho, (pensei) deitei na cama e não sei o que aconteceu comigo, parecia que todas as formigas do mundo estavam ali, na minha cama, eu não parava quieta. Me Levantei. (Oh dia longo meu Deus!) Meus pais e irmã chegaram, pensei comigo, graças a Deus vou ter pelo menos com quem conversar. Me decepcionei quando todos colocaram sua comida no prato e foram pra onde? É isso ai, fui trocada pela bendita (maldita) televisão.


É fato meus amigos, eu testei e comprovei, a tal televisão é mesmo algo vital agora. Não precisamos nos preocupar quanto a nossa vida sentimental porque, "Vai dar namoro"; todos nós um dia seremos "Idolos", “Viver a vida” virou novela, "Hoje em Dia" tudo é flash mas, "Custe o que custar", “a gente vai se ver na globo”! E eu juro pra vocês, que outro dia, o gordo da TV me mandou um beijo! A verdade é que tudo isso é incrivelmente legal mas, “YES WE CAN” viver sem televisão sim. Eu sobrevivi, com algumas seqüelas (aquele jogo era imperdíveeeel), mas nada que me causasse traumas permanentes....


Enfim, o que eu aprendi nessa história toda é que perdemos muito tempo e muitas experiências diárias na frente da TV, não desfrutamos mais da presença de nossos familiares, amigos, pessoas...o mesmo eu digo a respeito da Internet. É legal? Sim. Mas não é a única forma de se manter informado e por dentro dos assuntos, não limite a sua mente, o seu cérebro, permita-se apreciar e viver a vida intensamente e constantemente, televisão é relaxante, cativante, envolvente, ai...(tô estérica) mas VEJA COM MODERAÇÃO, não deixe que ela domine vc, suas idéias, te influencie ou algo do tipo...Somos seres pensantes, ("Cogito, ergo sum!") temos o CONTROLE da vida em nossas mãos!






Glenda Barros

domingo, 11 de julho de 2010

T.P.M (NO STRESS!)

Domingão, solzão, calorzão e eu aqui, nessa SOLIDÃO! (Parece até frase de canção sertaneja)
É, mais um fim de semana passando e tudo parece que não
sai do lugar. As coisas não acontecem, não conheci ninguém pois, me mantive
trancafiada dentro de casa assistindo a filmes de comédia romântica (pra rir e chorar ao mesmo tempo), regados a minha pipoca,
refrigerante e, é claro, sorvete.
É, eu to sim, me sentindo um lixo! Gorda, enorme, horrorosa! Não queria decepcioná-los, mas toda mulher passa por isso um certo período do mês. Nada levanta o
nosso astral, tudo parece que fica sem brilho, não nos chama atenção, só queremo ficar ali, comendo, engordando e dizendo "ninguém me ama, ninguém me quer".

Os sintomas variam de mulher para mulher, umas ficam extremamente estéricas e estressadas, outras extremamente melancólicas e sentimentais (meu caso).
Mas não se preocupem (homens!) isso passa dentro de no máximo 4 dias! Então, estava eu remoendo o passado, desanimada até pra sair da cama quando resolvi
sentar-me na frente de meu computador, e relatar para a humanidade o que eu estava passando, e dizer à vcs, homens, que "ora, mas não se irritem" ,
não é nossa culpa, tem que levar em consideração que estamos sendo bombardiadas por uma pancada de hormonios...

Eu observava meu pai outro dia, (o cara é o cara!) e ele já aprendeu a lhe dar com a situação, é incrível a paciência que ele tem. Eu que sou filha
tava louca pra esganá-la, e ele não, todo paciente, se calava quando ela falava e sempre, sempre concordava com ela! (Meu Deus, eu quero um homem assim!)

Nesse período tudo o que vocês fazem parece suspeito. Se recebemos flores, é pq estão com medo de descobrirmos o "casinho" de vcs, se dizem que estamos lindas, é
pq estão nos achando gordas e horríveis e querem nos fazer sentir melhor, se não seguem o caminho ou o atalho que sugerimos, (ai ai ai) o negócio fica feio, aí estão nos
chamando de tapadas e isso e aquilo e, não vou nem falar do orkut pq esse merece um outro texto.

Infelizmente, meus amigos, contra isso não há solução, o jeito e parar, ficar observando e sim, divirtam-se, riam mesmo da situação, mas por dentro tá (pelo amor de Deus), nunca nos deixem perceber que estão achando ridículo nossas cenas, ou achando muito engraçado nossas nóias e loucuras, mantenham-se calados, não, melhor, falem o mínimo possível, de
preferencia as palavras, entendo, compreendo, essas ai fazem milagres....

Nesse período vocês mostram o herói corajoso que permanece escondido e inutil durante 21 dias do mês, afinal, como é que vocês conseguem nos tolerar! É, tenho que confessar aqui,
pra todo mundo ver, só sendo um herói para nos aguentar, vocês são mesmo demais (quase morri pra escrever isso)! Ao contrário de vocês nesse período, nos tornamos verdadeiras vilãs, mal criadas, birrentas, chatas, ignorantes, e...(não posso assumir tudo assim também, né?!) É sim, nos tornamos seres realmente intoleráveis, mas mesmo assim, vcs permanecem do nosso lado! Vcs são mesmo herois disfarçados de homens grossos, insensíveis e imaturos (me vinguei!), mas que no fim das contas, são nosso refrigério, porto seguro e blá blá blá...

Não pensem que ao escrever esse texto eu aliviei as tensões, não, nada disso, só desabafei e percebi o que TODA MULHER SABE, mas por motivos bestas e injustificáveis não assumem...


Agora é só voltar para frente de minha amiga "TV" (ela me entende!) e esperar esse momento passar, SOZINHA, afinal, ainda estou aguardando meu herói tolerante e silencioso me achar....

Fuuuuuuuuuiiiii





quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dê uma chance a vida!



Conversava sobre a vida com um amigo quando chegamos a essa pergunta, e se morrêssemos amanhã, o que faríamos? Como sou educada e bem criada, cedi a oportunidade a ele de responder primeiro.
Todo reflexivo, ele olhou para o teto, respirou fundo e começou um discurso enorme; eu acordaria bem cedo, beijaria minha mulher e faria amor loucamente com ela (homens só pensam nisso), sairia com os amigos, beberia todas (só pra variar), depois iria direto para o meu trabalho pedir demissão e mandar meu patrão ir à merda; feito isso, iria pra casa da minha mãe e conversaria horas a fio com ela, sobre tudo e todas as coisas, diria a ela e meu pai que os amo, e amo muito, sairia pra passear com meu filho (ele nunca faz isso), e quando voltasse com ele pra casa, o faria dormir e o olharia até que ele pegasse no sono (que fofo!), depois faria amor de novo com minha mulher (homens!) pois quero morrer amando.
E quando ele terminou eu perguntei: − E você não faria nada para tentar viver? Ele me arregalou aquele belo par de olhos verdes e disse: − Nossa, sinceramente, nem pensei nisso. Depois da resposta (ridícula) de meu amigo, comecei a indagar comigo mesma como é engraçado observar que sempre que fazemos essa pergunta para alguém, ela sempre vem com uma resposta igual ou com a mesma intenção do meu caro amigo ai em cima.
Nunca pensamos em lutar pela vida, mas pensamos em fazer tudo àquilo que tivemos toda uma vida para fazer em um dia só, pensamos em valorizar coisas tão simples e tão efêmeras no ultimo instante, só vemos a possibilidade de nos apaixonarmos, nos entregarmos e nos permitirmos amar quando já não há mais tempo....
Ser humano é mesmo estranho, sabe o que fazer para ser feliz e finge que não. Depois de pensar em tudo isso ai que eu escrevi, virei pra ele e disse: − Dê uma chance pra vida! Ele ficou com cara de que não entendeu absolutamente nada e disse: − Tá bom, Tchau!
O que eu pude observar nessa simples conversinha de fila de banco foi que, nós sabemos o que nos faz feliz e simplesmente não praticamos, temos tudo na ponta da língua quando somos questionados a respeito, faria isso, faria aquilo e muito mais, então porque não fazer tudo o que queremos e que nos faz bem enquanto ainda há tempo, enquanto ainda existe ar em nossos pulmões e sangue em nossas veias? (Só não xinguem seus patrões, pelo amor de Deus!)
A vida ta ai pra ser vivida minha gente! Não seja coadjuvante no filme de sua própria história. Participe de todas as cenas, contracene com todos os personagens, enfim, só viva e seja muito, mas muito feliz!!!!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Romance a La Modernidad




A festa tava animada, todo mundo batendo papo, rindo alto e a mulherada, claro, colocando a fofoca em dia. (Os mano chegaram!) gritou o aniversariante todo empolgado, afinal, seus melhores amigos vieram prestigiar-lhe naquele dia. Eles entraram, cumprimentaram a galera, e logo estavam no meio de toda aquela bagunça e barulheira que nós chamamos de festa.
Eu estava me sentindo um daqueles peixes fora d’água, sabe, não conhecia quase ninguém, um pessoal diferente pra mim, foi quando, senti algo perfurando minhas costelas, dividindo-as brutamente o que provocou em mim, logo de imediato, um desconforto horroroso. Era minha querida prima e sua mania infeliz de cutucar. Chamou-me para um canto e disse: − Acho que o fulano ta de olho em você! Minha reação foi “tranqüila e sossegada”, (mentira) retornei ao meu lugar de origem, sentei-me e continuei em minha saga por um pouco de espaço e atenção.
Lá vem ele. − Ai meu Deus, é agora! Pensei comigo mesma, ajeitando o cabelo e dando uma levantada na postura. Fiquei ali, esperando alguma “deixa” dele e, nada...
Ele seguiu conversando normalmente, como se eu nem ali estivesse. Mas a noite ainda estava no começo. E a festa foi rolando, os casais foram se formando e eu ali, no meio de todo aquele amor e, nada....
O casal do meu lado se levantou e saiu, ele, dando uma de desentendido, levantou-se e sentou-se ao meu lado, não muito perto pra não se dizer interessado (imaginei). Meu pescoço parecia que nunca mais ia se mover (paralisei), a respiração era cada vez mais escassa e sussurrante, afinal, queria escutar tudo que ele dizia.
Ei, psiu! Disse ele. Eu, como toda mulher, fingi que não ouvi só pra ter o gostinho de ouvir ele me chamar de novo. Dito e feito! Ele me chamou e eu toda prosa fui me sentar ao lado dele. (ainda assim, sem deixar transparecer que eu queria alguma coisa) Ele puxou logo assunto e a coisa começou a fluir e como era de se esperar, logo ele elogiou o meu perfume e disse aquela, aquela frase manjada, mas que toda mulher no fundo ama ouvir, − Nossa que olhar marcante, foi a primeira coisa que observei em você! A gente sabe que é pura mentira, os olhos nunca foram e nunca serão a preferência nacional, mas mesmo assim, meus olhinhos pretos brilharam e se encheram de esperança quanto ao fim daquela noite.
Meus ombros tensos me impediam de gesticular muito, foi quando decidi me levantar e ir até a churrasqueira comer um pedacinho de carne assada e dar aquela respirada bem fundo, afim de aliviar a tensão. Voltei, e me sentei. Ele meio acanhado e tremulo agarrou a minha mão e a apertou forte, − Suas mãos estão frias! É?! E não saiu mais nada depois daquele “é”. Os lábios dele nos meus, os meus no dele, e tudo parou. Que delícia de momento, que beijo mais que bom! (pensei só)E...não teve nada depois deste “E” também. Nos beijamos, nos abraçamos , matamos a carência que estava nos matando, e fomos embora pra casa, os dois, com a sensação (fria e calculada) de “dever cumprido” e nenhuma intenção de prolongar o momento.


Glenda Barros

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A briga


O cenário mais uma vez era o nosso quarto. Apenas a cama nos separava naquele momento de fúria, os olhos dela estavam arregalados e vermelhos, como se queimassem em puro ódio e rancor, juro que pensei, ela nunca mais vai me perdoar.
É incrível à proporção que uma conversinha besta pode tomar, começamos num volume moderado e logo estávamos berrando, gritando e proferindo palavras que até o próprio AURELIO duvidava.
Mágoas passadas foram ressuscitadas, frases mal ditas foram lembradas, tudo vem à tona de novo quando estamos em pé de guerra, e é bem nessa hora, entre gritos e palavrões que ela surge como um anjo divinal e apaziguador. − Lá vem a mãe se meter onde não é chamada! Dissemos isso quase a expulsando do nosso quarto. E mesmo assim ela permaneceu firme, com seus dedos levemente posicionados no canto direito da boca e seu olhar fito e observador. Olhava e olhava como se buscasse palavras certeiras que atingissem o alvo dela sem que fosse preciso falar muito. Ela com toda sua paciência e experiência esperou o momento em que uma trégua se desse, para proferir a seguinte expressão: − Como são bobas, vocês só entenderão o significado de uma para outra quando, uma de vocês não estiver mais entre nós. O silêncio que parecia ser só uma trégua se tornou absoluto. Olhamos uma para outra atônitas e reflexivas. Nos encaramos por alguns minutos, e um sorrisinho tímido surgiu no meio de toda aquela cara feia de minha irmã, eu, louca pra tudo aquilo terminar, tratei de dar logo uma gargalhada bem escandalosa pra quebrar o gelo.
Naquele momento de raiva, eu e ela esquecemos até que éramos irmãs, mas bastou aquela frase soar no ar, para que caíssemos em nós mesmas. No fim das contas, terminou tudo em abraços e declarações de amor e amizade eternos. Apertamos as mãos, prometemos isso e aquilo e, como sempre, tudo não passou de uma discussãozinha que fortaleceu ainda mais o nosso amor.
Eu sei que você deve estar ai se perguntando: (Qual o propósito de escrever sobre algo tão corriqueiro assim?)
Bom, é simples! Não deixe que pequenos desentendimentos se tornem algo permanente e incurável, resolva tudo na hora. Nunca, jamais mesmo, durma com seu coração irado com quem você ama, afinal de contas, ninguém dura para sempre e, o dia de amanhã nunca se sabe. Não queira descobrir o valor de uma pessoa em sua vida depois de perdê-la de vez. E é isso!!! :)