terça-feira, 28 de junho de 2011

Palma, palma, palma!!! NãO pRieMos CâNicOoo!!!

Glenda Barros

Dizem que a mulher é a parte fraca, o sexo frágil. Mas na verdade é, é isso mesmo. A gente tem uma mania de pensar que é forte! Quando nossa força é menosprezada, despejamos em cima do infeliz um discurso enorme e saturado, afim de convencê-lo de uma força que a gente não tem.

E, por favor, não me interpretem mal, feministas de plantão, estou falando de força física, não de força de vontade, que na realidade não é força, pelo menos não literalmente, e sim intenção de espírito, capacidade de superação, isso sim a gente tem; e tem pra dar, vender e emprestar...

Uma coisa é certa mulherada, nosso poder de persuasão é nato, genético, passado de geração em geração. A gente vem com toda aquela lorota de que enfrentamos melhor situações que exigem força, que agüentamos a pressão, mas tudo não passa de um discurso muito bem elaborado, e o pior é que eles balançam a cabeça em sinal de concordância, depois de pensar por horas em tudo que dissemos.

Outro dia tentei colocar em prática toda essa força muscular que eu digo que tenho, usei todo meu rebolado, e empenhei todo o vigor existente nos músculos de meus braços e pernas, mas pasmem, o saco de cimento nem saiu do lugar.

Tentei trocar o pneu do carro, mas aqueles parafusos foram apertados por um monstro, e trocar a lâmpada então, quase enfartei com medo do choque elétrico; fugi desorientada das baratas, ratos e qualquer bicho que me parecesse asqueroso (urghhhh).

Força não é bem o que a gente tem, o que nós temos de sobra é jeitinho, charme e aquele olhar opressor de cachorro que caiu da mudança. Conseguimos as coisas só na lábia, na conversa mole, no lero...

Mas cá pra nós meninas, ser mulher já nos suga todas as forças, então, para essas tarefas que exigem trabalho braçal, nada melhor que fazer o tipo “E agora, quem poderá me defender?”, e solicitar ao macho mais próximo que mostre toda a sua masculinidade abrindo o pote de azeitonas ou outra coisa assim, enquanto isso; respiramos aliviadas, conferindo se as unhas estão em dia...Ai, ai...como eu amo ser MULHER!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ai...eu sou tão sentimental...

Glenda Barros


            Chorei que solucei diante da TV, sozinha, só eu e Deus. O filme contava a história de um casal separado prematuramente, pouco depois de se descobrirem apaixonados. A morte veio e ceifou a vida do tão cobiçado amor da vida daquela jovem (Tava assistindo Titanic pela milésima vez).
            Com uma história dessas e uma trilha sonora que arrepia até o estomago, não tem como não chorar largado. Eu tento entender como alguns permanecem frios e com cara de nada diante daquelas cenas cheias de sentimento, como conseguem? Ou eu sou sentimental demais ou eles são, exageradamente, insensíveis.
            Acho que a primeira opção é mais justa, sim, eu sou sentimental demais. Choro por tudo, tudo mesmo. Choro quando estou triste, quando estou feliz, quando tudo vai bem, quando algo vai mal, choro, e choro mesmo...
            O choro lubrifica o olhar, mantém o brilho. Às vezes deixa um gosto amargo na boca; costuma encher o nariz daquela gosma nojenta, que a minha frescurite feminina não permite citar o nome (catarro/em off), fazendo com que o nariz chore junto com os olhos (urghhhh).
            Gosto do resultado que o choro produz, e não estou me referindo aos olhos vermelhos e, muito menos, ao nariz inchado e desproporcional, aliás, essa é a parte ruim do pranto, gosto de descobrir, vez ou outra, que eu era feliz e não sabia, daquela saudadezinha besta que teima em insistir, da cara de boba somada ao risinho tímido, brotando unidos e encharcados; o alívio então, despensa comentários...
            Se a alma fosse na altura das bochechas sairia enroladinha na toalha, feliz e saltitante, de bainho tomado, mas sei lá onde ela se esconde, só sei que os olhos são as janelas, e vamo combinar, ela ficou com a visão mais privilegiada da vida...