quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SIMPLICIDADE


Por Glenda Barros

Essa palavra tem martelado minha cabeça já tem algum tempo. Recorri ao santo “GOOGLE”, aos dicionários virtuais, ao AURÉLIO e, sinceramente, as definições que encontrei não conseguiram me convencer. 

Pra mim, essa palavra tem um sabor sobrenatural, que só quem realmente a vive pode compreender. Ela define aqueles que enxergam na excentricidade da vida as coisas mais valiosas, pessoas que têm no olhar uma espécie de lupa, capaz de capturar a beleza e a singularidade de tudo, em tudo.

Viver com simplicidade é transpor a barreira dos conceitos formulados, sobre o que é bom, o que realmente tem valor, e o que tem maior importância. O que tenho observado ultimamente, é uma imensa quantidade de seres pensantes agindo como se o cérebro fosse apenas um item opcional, que se inclui ou não, na hora das decisões, na hora da formação de idéias e ideais. 

Basear sua felicidade em bens materiais ou firmar-se na certeza do outro, é decretar a falência de sua mente, e deixá-la a mercê de ilusões frustrantes, completamente dependente e escrava das decisões alheias. Gosto da cor da vida, do cheiro gostoso que ela produz, gosto de sentir os pingos da chuva, gosto do sol forte, do brilho, da luz, gosto da família toda em volta da mesa, gosto de gente que teima em ser feliz.

É simples ser simples, não há grandes segredos, ingredientes mágicos, jogo de palavras ocultas, senão deixaria de ser simples. Tá tudo no jeito de olhar as coisas, na forma de encarar as diferenças, na maneira que você chuta o balde, tá escrito na areia da sua praia, é só parar pra observar. A definição até que é fácil, difícil é só viver a plenitude da palavra. Com minha, ainda pequena, mas promissora experiência de vida, acredito que a simplicidade se resume na postura nobre, jamais soberba, daqueles que decidem por apenas...

Viver!!!

Pronto.
Simples assim.